Filo Porifera

31/07/2020

INTRODUÇÃO

O filo dos poríferos ou simplesmente esponjas, são organismos pluricelulares primitivos cujas células nunca formam tecidos ou órgãos. Devido a essa característica, são muitas vezes classificados como Parazoários. A designação Porífera decorre do fato de esses organismos apresentarem o corpo coberto por pequenos poros; já o termo esponja é devido ao fato de alguns desses organismos secretarem ao redor de si uma substância macia e flexível que serve de sustentação e que antigamente era utilizada para o banho.

CARACTERÍSTICAS

As esponjas são exclusivamente aquáticas, sendo a grande maioria habitante dos mares. São sempre imóveis e fixas no substrato, quando adultas. Uma esponja simples apresenta a forma de vaso, com a base aderida ao substrato.

ESTRUTURA

Não apresentam tecidos organizados, porém suas células possuem certa divisão: o corpo na parte externa está revestido por um epiderme constituída por células achatadas, os pinacócitos e a camada interna possui células flageladas denominadas coanócitos, que capturam e dirigem os alimentos, formam gametas e permitem a circulação de água, representando o sistema circulatório das esponjas. Entre as camadas externas e interna há uma massa proteica gelatinosa, conhecida como mesênquima ou meso-hilo. Dentro dessa massa proteica ficam as espículas e/ou as fibras, estas são estruturas proteicas feitas de espongina, aquelas são estruturas mineiras silicosas ou calcárias, ambas tornam os poríferos mais estruturalmente resistentes, constituindo uma espécie de esqueleto.

PRINCIPAIS CÉLULAS DE UMA ESPONJA E SUAS FUNÇÕES

A. Coanócitos, células com flagelo e colarinho, que captam, englobam e diferem as substâncias nutritivas (digestão intracelular). Participam ainda na movimentação da água e no transporte de espermatozóides.

B. Espongioblastos ou Espongiócitos, células formadoras de espongina (esqueleto orgânico macio).

C. Escleroblastos ou Esclerócitos, células formadoras de espículas (esqueleto mineral - SiO2 ou CaCO3 ).

D. Miócitos, células ricas em fibrilas contráteis, formadoras de esfíncteres dos poros e dos ósculos; servem para a contração.

E. Amebócitos, células que englobam substâncias nutritivas para pseudópodes, e que se deslocam; participam ainda da excreção, respiração, defesa (fagocitose), transporte de espermatozoides, armazenamento etc.

F. Gonócitos, gametas masculinos e femininos.

G. Mesogléia, camada gelatinosa anista (não celular) que preenche toda a esponja. É pouco desenvolvida no tipo Ascon, medianamente desenvolvida no tipo Sícon e muito desenvolvida no tipo Leucon.

H. Arqueócitos, células indiferenciadas formadoras de amebócitos, gonócitos, esclerócitos, espongiócitos, miócitos e outras células amebóides.

I. Pinacócitos, células de revestimento externo e (ou) interno (dependendo do tipo anatômico da esponja), formadoras da pinacoderme.

J. Porócitos, células perfuradas, formadoras de um tipo de poro inalante, óstio ou ostíolo

NUTRIÇÃO

São animais filtradores, a água é puxada pela ação dos coanócitos, céluas flageladas que criam uma corrente de água que segue o caminho poros -> átrio -> ósculo.

Pequenas partículas presentes nessas correntes ficam presas nos coanócitos e são então fagocitadas, como a digestão ocorre totalmente no interior das células, é chamada intracelular.

Os resíduos da digestão são liberados e levados pela corrente até o ósculo.

REPRODUÇÃO

A reprodução pode ser sexuada ou assexuada

A reprodução sexuada ocorre com a formação as células reprodutoras. Os espermatozoides e os óvulos são originados pelos amebócitos e os espermatozoides são lançados na cavidade central, entram em outra esponja através dos poros e capturados pelos coanócitos. A fecundação é interna e o desenvolvimento é indireto. As larvas são eliminadas pelo ósculo, originando uma nova esponja.

A reprodução assexuada ocorre por:

Brotamento - de uma esponja-mãe surge um broto, que pode ficar preso a ela ou então soltar-se. Deste broto surge um indivíduo completo.

Regeneração - a esponja apresenta grande capacidade de regeneração. Assim, além de reconstituir partes lesadas do seu corpo, uma esponja pode, por exemplo se for passada por uma peneira, ficando totalmente desagregada, reunir novamente suas células e reconstituir o seu corpo. Em condições desfavoráveis pode se reproduzir por gemulação (gêmulas).